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O Menino que virou chuva

Para celebrar o Dia Mundial do Livro, a Avante – Educação e Mobilização Social indica uma obra de poucas palavras e uma imensidão de significados: O Menino que virou chuva.

Sensível, poético, imagético, artístico e dinâmico, o livro se desenvolve a partir de uma narrativa movente, que se move e comove, juntamente com as mudanças internas de um protagonista sem nome, que pode ser qualquer menino ou menina, criança ou adulto, ou… quem sabe, o próprio leitor ou leitora.

Com texto de Yuri de Franco – escritor, ator e arte-educador, e ilustrações de Renato Moriconi – autor e artista plástico, o livro é um mergulho no universo de sentimentos e emoções que inundam o mundo tempestuoso de um garoto.

A narrativa segue a velocidade induzida pelo leitor e se move diante dos seus olhos. A concretização do movimento se estabelece a partir de imagens sequenciadas e dispostas em páginas individuais, que, folheadas rapidamente, garantem a cadência e a mobilidade narrativa.

A técnica de animação utilizada no livro, denominada de flipbook, foi uma escolha assertiva que, além de corroborar uma experiência diferente de leitura, atende à intenção narrativa de permitir ao leitor imergir em todas as vivências junto com o personagem.

O livro foi finalista do Prêmio Jabuti 2021, na categoria infantil, entretanto, é uma leitura imprescindível para todos aqueles que já choraram até chover.

A narrativa

O livro conta a história de um menino que de tanto chorar virou chuva. Nessa história, toda a ação e narrativa acontece no próprio protagonista, em um movimento de dentro para fora, onde ele é o personagem e o próprio ambiente cenográfico. 

Por que ele chorava e quais eram as suas dores, não se sabe, as inferências ficam a cargo do leitor. O que se pode afirmar é que O menino que virou chuva é uma história sobre sentir. Sentir com intensidade e liberdade. Sentir até se desfazer, para, somente então, se refazer. 

É isso que o menino faz: não se contém. Chove. Chove forte. Vira tempestade. Caos. Escuridão.

Ele deságua. Desaba com e como a densa nuvem que se põe sobre sua cabeça. E como os céus nublados que se transformam em grandes tempestades, ele troveja.

Se de tanto chorar chove, também de tanto chover ressurge, como os raios de sol, a anunciar a calmaria e o calor-conforto de um abraço.

O menino que virou chuva é uma história sobre o tempo, sobre as intempéries, sobre as turbulências que amedrontam e escurecem tudo ao redor, no entanto, aos poucos, se acalmam e se transformam, em dia e em luz. 

Todos aqueles que, alguma ou algumas vezes, já viraram chuva de tanto chorar precisam conhecer essa história.

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