Experiência de cooperativa da Feira de São Joaquim é registrada em vídeo

Dona Marísia Souza, moradora do bairro do Uruguai, trabalhava na Feira de São Joaquim há mais de 10 anos, quando a convidaram para participar da CooperFeira. A cooperada diz que não sabia o que era uma “Feira Solidária” e, por isso, surgiram as primeiras dúvidas: “e ganha mesmo com isso?”. Hoje, D. Marísia diz “estamos aí, uma para ajudar a outra”.

Esses e outros depoimentos integram o vídeo CoorperFeira Novo Sabor, que traça o perfil dos cooperados e conta um pouco da trajetória até a implementação da cooperativa, que foi criada com base nos valores da economia solidária para aproveitamento de refugos da feira para produção de alimentos.
A economia solidária propõe práticas de produção, comercialização e consumo, baseadas na cooperação, igualdade, autogestão e respeito ao ser humano e ao meio ambiente. E esse tem sido um dos desafios do grupo de 15 cooperados, formados em sua maioria por mulheres – mudar a cultura do desperdício na Feira de São Joaquim, uma das maiores feiras livres da América Latina (onde são produzidas diariamente mais de 20mil toneladas de lixo), onde eles vão de barraca em barraca para recolher o que não será vendido.

“Eu entrei para a cooperativa porque eu achava um trabalho muito importante, por conta do desperdício de alimento, que estava acontecendo aqui na Feira de São Joaquim. Muitas vezes chega no caminhão a fruta machucada e jogava até fora”, diz a cooperada Jandira Santos, feirante há 22 anos na Feira de São Joaquim no mini documentário. São esses os refugos que são transformados em temperos e frutas desidratadas, entre outros produtos.

A CooperFeira Novo Sabor surgiu em 2013, fomentado pelo projeto É Dia de Feira Solidária, realizado pela Avante – Educação e Mobilização Social, com apoio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (SETRE), por meio do edital de Apoio a Projetos na Área de Reciclagem. Para realizar o projeto, a Avante contou com sua experiência na área de economia solidária, reconhecida por meio de projetos como Grãos e Florescer, que contribuíram para a formação de empreendimentos associativos solidários na cidade de Salvador.

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