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VoC: Cine-debate sobre escuta de crianças na Academia Baiana de Educação

A exibição do documentário Voices of Children (VoC) ocorreu, na tarde da sexta-feira (22), durante última sessão ordinária do ano da Academia Baiana de Educação (ABEDUC), na Fundação José Fernandes da Cunha, no Largo do Campo Grande, em Salvador. A exibição foi seguida de debate sobre o documentário internacional Voices of Children (VoC). O curta foi elaborado e produzido pelo GT Direitos da Criança, do World Forum on Early Care and Education.


O Vídeo, que traz o registro da escuta de crianças de cinco países: Índia, Singapura, Brasil, EUA e Quênia, foi apresentado e mediado por Ana Marcílio, consultora associada da Avante e membro do grupo gestor da instituição, à convite de Maria Thereza Marcílio, presidente da Avante, que esse ano (2019) foi integrada como membro da Academia. Entre os presentes: o diretor da Academia, professor Astor de Castro Pessoa, e os professores Maria Augusta Abdon, Adelaide Rogério, Zilma Parente de Barros, Manoel Joaquim de Barros Sobrinho, Geraldo Leite, Maria Thereza Marcílio dentre outros.


Ana Marcilio destacou, em sua apresentação, que “o tempo e a forma de escuta das crianças tem que ser outro. O mundo do fantástico crianças tem que ser incluído, acolhido, para se chegar no mundo real da criança”, completa a mestra em Educação e Justiça Social pela University College of London. E contou que, durante a gravação do documentário, o que mais apareceu foi a importância dada às flores e às árvores. Ou seja, o contato com a natureza. Apareceu também a questão estética e a limpeza. “É interessante notar isso porque as crianças pequenas ficam muito mais próximas ao chão do que os adultos. Então, ambientes pouco cuidados afetam muito mais elas”, disse.


O documentário, já visto por milhares de pessoas, traz a força e a importância de escuta das crianças sobre os seus direitos, em especial, sobre o seu direito à participação. “A participação é mais do que a escuta das crianças. Tem a ver com o real poder do que é trazido por elas de influenciar nas decisões que irão afetar suas vidas”, esclareceu a consultora associada da Avante, que vivenciou a experiência da criação e produção do VoC como integrante do GT Direitos das Crianças (Children’s Rigth). A experiência com a filmagem e com a convivência com as crianças de culturas tão diversas, fortaleceu na equipe de filmagem o conceito de inexistência de um direito como superior ao outro, que Ana reiterou para os integrantes da Academia: “embora seja comum acontecer, o direito à proteção não pode se sobrepor ao direito à Participação”.

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