Seminário Internacional discute trabalho escravo na Bahia

Nessa quarta-feira, 18 de setembro, Salvador sediará o Seminário Internacional – 10 anos da COETRAE Bahia; desafios no avanço da prevenção e enfrentamento à escravidão contemporânea no Brasil e no Mundo, promovido pela Comissão estadual de erradicação do trabalho escravo da Bahia (COETRAE) e pela Secretaria de justiça, direitos humanos e desenvolvimento social da Bahia (SJDHDS). O evento acontece das 8h às 17h, no auditório do Ministério Público do Trabalho. Entre as diversas mesas e diálogos do Seminário, a mesa sobre Mapeamento do Trabalho Análogo a Escravo na Bahia será mediada pela Avante – Educação e Mobilização Social, representada por Ana Luiza Buratto, vice-presidente da instituição.

A mesa acontece das 10h às 12h do mesmo dia e contará com a participação de Admar Fontes Júnior, coordenador da COETRAE/SJDHDS; Patricia Lima, diretora executiva do Instituto Trabalho Decente – ITD; Gilca Oliveira, do Grupo de Pesquisa Geografar, da UFBA; e Uallace Moreira Lima, professor da UFBA.  O grupo discutirá o mapeamento do trabalho análogo ao escravo na Bahia, com um olhar sobre os 10 anos de atuação do COETRAE e os flagrantes de trabalho escravo no nosso Estado.

A Avante, que trabalha há mais de vinte anos com foco na promoção do trabalho descente, por meio do enfrentamento e erradicação do trabalho infantil, passou a atuar na temática do trabalho análogo ao escravo há três anos (desde 2016) e também passou a integrar o COETRAE. Nesse período, a instituição realizou mapeamento situacional em dois munícipios baianos (Itambé e Tanhaçu), por meio do projeto Todos Juntos contra o Trabalho Escravo – Apoio e atenção às vítimas e vulneráveis ao trabalho escravo no estado da Bahia (MPT e OIT) e atualmente realiza a mesma ação em Teolândia e Aracatu (também BA) como ação do projeto Vozes da Comunidade no combate ao trabalho análogo ao escravo (SETRE). No primeiro, com vistas à mobilização e formação de agentes públicos e lideranças locais para construção de alternativas que gerassem coesão e sinergia para um trabalho articulado de prevenção e erradicação ao problema; e no segundo, contribuir com a formulação e implementação de políticas públicas que atendam às necessidades da população.

Esse ano (2019), a COETRAE completa 10 anos de atuação, articulando ações coordenadas entre órgãos e entidades do Estado e da sociedade civil, propondo mecanismos para a prevenção e o enfrentamento do trabalho escravo no Estado da Bahia. O Seminário é realizado, também, com o intuito de marcar a data, e promover diálogo e debates sobre temas que impactam diretamente na situação, a exemplo: contexto mundial e nacional; desafios e inovações; mapeamento do Trabalho análogo ao escravo; mapeamento dos flagrantes; fiscalização, inteligência e afetividade; impactos da reforma trabalhista; entre outros. Cada temática será discutida por uma mesa, com representantes de organizações de referência no combate ao problema, como OIT, COETRAE, MPT, Instituto Trabalho Descente (ITD), UFBA.

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