Aconteceu em Natal (RN), no dia 6 de abril, a segunda reunião de repactuação do projeto Paralapracá deste ano. As repactuações estão sendo realizadas em todos os municípios integrantes do segundo ciclo do projeto, que começou a ser implementado em 2013. A cidade de Maracanaú (CE) abriu a agenda de reuniões, no dia 10 de março, seguida por Natal e depois pela cidade de Olinda (PE), confirmada no dia 22 de abril. Os municípios de Maceió (AL) e Camaçari (BA) farão suas repactuações nos dias 11 e 26 de maio, respectivamente.
Marcada pela reafirmação de compromissos com o projeto Paralapracá, a repactuação no Rio Grande do Norte reuniu a secretária de Educação de Natal, Justina Iva de Araújo Silva, e outros profissionais da Secretaria Municipal de Educação (SME), bem como representantes do Instituto C&A e da Avante – Educação e Mobilização Social, organização que apoia o Instituto C&A na implementação do projeto, além de técnicos envolvidos na avaliação da experiência. “A maneira como a reunião aconteceu foi muito interessante e o momento foi de grande significado para nós”, relata Mariza Barbalho Guerra, diretora do Departamento de Educação Infantil da SME de Natal.
Para Mariza, o momento mais instigante da repactuação foi a apresentação do relatório de avaliação do projeto Paralapracá na capital potiguar, realizada pela consultoria Move. “Agora vamos pegar o relatório e sentar para discutir. A avaliação traz falas e situações que estão no cotidiano da prática. Vamos poder reconfigurar um pouco das nossas visitas técnicas, consolidar a nossa formação”, afirma. “O material do Paralapracá é riquíssimo, mas para mim o mais importante é poder ter em mãos as nossas avaliações e refletir para repensar o que pode ser a nossa prática pedagógica”, pontua.
A técnica responsável por apresentar os resultados do estudo avaliativo durante a repactuação, Bruna Ribeiro, concorda com a análise de Mariza. Segundo Bruna, os dados da avaliação devem auxiliar os parceiros envolvidos no projeto a terem uma dimensão dos avanços e dos desafios do projeto Paralapracá em suas diferentes fases. “Por isso, a avaliação deve auxiliar na repactuação, trazendo os dados do município de forma a propiciar uma análise crítica e posterior tomada de decisão”, diz Bruna.
Em Natal, o projeto Paralapracá tornou-se tão significativo que a SME promoveu sua expansão para 100% da rede direta. Enquanto no primeiro ano da parceria foram contempladas 30 unidades, atualmente os 73 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) da cidade adotaram a metodologia do projeto. De acordo com o relatório da avaliação, o principal desafio da rede são as ações de formação continuada. Neste contexto, o projeto Paralapracá é apontado pelo estudo como um facilitador, agregando valores fundamentais à prática pedagógica.
Segundo a avaliação, os materiais do projeto surgem como relevante recurso de pesquisas e apoio para as coordenadoras e professoras, que se envolvem cada vez mais com estudos específicos para a educação infantil. “Uma maior movimentação nos CMEIs foi apontada em todos os momentos da avaliação, relacionada às ações diárias com as crianças, muitos passeios, maior presença de propostas de artes, músicas, brincadeiras e ainda muitos relatos de reflexões que impactam nas concepções, transformando positivamente o olhar dos profissionais”, descreve o documento.
Para Mariza, esses resultados servirão para reafirmar o compromisso com a melhoria da qualidade dos CMEIs de Natal. “Queremos qualificar cada vez mais o processo que acontece nas instituições de educação infantil: organizar esse espaço e valorizar o protagonismo da criança. Queremos desenvolver essa proposta pedagógica que valoriza o fazer da criança, a cultura, as diferentes linguagens. E valorizar os materiais pedagógicos que contribuem para que isso aconteça”, pondera, destacando a importância do material do projeto Paralapracá. “A gente está construindo isso, está dialogando e refletindo sobre tudo isso.”
Fonte: site Paralapracá