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Paralapracá potencializa cultura de formação centrada na análise e reflexão da prática

“A oportunidade de participar de um programa formativo como o Paralapracá enquanto coordenadora pedagógica contribuiu decisivamente para o fortalecimento do nosso papel enquanto formadoras em serviço, de nossos pares, nossos colegas professores”. O depoimento é de Jane Pereira, do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Mestre Mário Izaldino, em Maceió (AL). Jane integra o grupo de profissionais formadas pelo programa Paralapracá.

A sinergia entre as formações presenciais e a distância, esta última por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do Paralapracá, foi muito reconhecida pelas cinco redes municipais parceiras do Programa até 2017, incluindo as mais de 300 coordenadoras que participaram deste processo. No AVA, não faltam relatos de práticas e diálogos sobre a importância do processo formativo no desenvolvimento profissional das coordenadoras e na melhoria das práticas pedagógicas. A maioria deles destaca como o Paralapracá ressignificou as formações nas instituições.

Foi o caso de Suzana Sales, coordenadora pedagógica do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Moema Tinoco, em Natal (RN). “A formação do Paralapracá me fez refletir sobre o meu fazer pedagógico. Todo o processo de reflexão de teoria e prática nas formações nos traz para o lugar de autoria do sujeito que aprende. Além do foco nas crianças como protagonistas, muitos outros saberes foram proporcionados, como o respeito ao acervo cultural de todos os envolvidos no processo de aprendizagem – crianças, familiares e professores-, a reflexão constante da prática, a partir do suporte teórico dos documentos que direcionam a Educação Infantil e os livros do acervo Paralapracá. Esses conhecimentos que o Programa proporcionou, trouxeram benefícios para as crianças, coordenadores e professores de um modo transformador aqui em Natal”, registrou.

Rita Margarete, consultora associada da Avante – Educação e Mobilização Social e coordenadora de formação do Paralapracá, explica que o novo significado dado às formações nas instituições foi um divisor de águas para que as mudanças nas práticas acontecessem. “Entre os principais impactos está a ressignificação das formações realizadas nas escolas, expressa nas pautas focadas na tematização da prática docente, com a coordenadora pedagógica assumindo o seu papel de formadora. Além disso, houve uma melhoria na qualidade das ações propostas às crianças por meio da exploração do entorno das instituições, da escuta das crianças, da organização de espaços tempos e materiais considerando interesses, necessidades e possibilidades das crianças e de práticas de qualidade”, disse Rita.

Para Iara Abreu, coordenadora pedagógica da rede de Maceió, a “formação é algo indissolúvel da carreira docente. Trabalhar com crianças pequenas exige desse profissional um olhar sensível para a criança, para a sua prática e para si”, disse. Rita Margarete acrescenta que a formação possibilitou e fomentou aproximação entre as coordenadoras e equipes técnicas dos municípios parceiros, por meio do compartilhamento de práticas e dos diálogos sobre teoria e prática, no AVA Paralapracá. “O mesmo aconteceu entre profissionais de municípios diferentes. Tudo isso, somado ao aprofundamento teórico, sempre mediado pelas formadoras, revela como importante resultado do Paralapracá, a consolidação de uma cultura de formação centrada na análise e reflexão da prática, tanto para coordenadoras pedagógicas quanto para professoras”, finaliza Rita.

O Programa

O Paralapracá é um programa que visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na Educação Infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral, por meio da formação de profissionais desse segmento. É realizado pela Avante – Educação e Mobilização Social, em parceria com as secretarias municipais de Educação.

O Programa foi lançado em 2010, como um projeto do programa Educação Infantil do Instituto C&A, originalmente focado na região Nordeste. Desde então, chegou a dez municípios, em dois ciclos de implementação, atingindo mais de 500 coordenadoras pedagógicas e 40 mil crianças. Em 2015, com a chancela do Guia de Tecnologias Educacionais do MEC, ganhou caráter nacional. A metodologia do programa Paralapracá foi transferida do Instituto C&A para a Avante e está disponível para todas as secretarias de Educação do país.

O Programa valoriza os saberes de cada localidade e amplia as referências teórico-práticas, a partir das orientações nacionais para o segmento, como as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2009) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

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