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Municípios parceiros do Paralapracá socializam avanços na Educação Infantil

Finalizando mais um ciclo do Paralapracá, equipes técnicas de Maceió (AL), Olinda (PE), Camaçari (BA), Maracanaú (CE) e Natal (RN) compartilharam conquistas na Educação Infantil. Os resultados significativos foram ratificados pelos municípios parceiros do Programa durante o seminário Diálogos sobre a qualidade na educação infantil: a experiência Paralapracá, que ocorreu no dia 1º de dezembro de 2017, em Salvador (BA).


“O grande legado físico que o Paralapracá deixa para a gente é a elaboração das nossas orientações curriculares, pois influenciou fortemente na concepção, elaboração e implantação desse documento. Outro legado é a formação. Garantiu a sistematização, regularidade e qualidade técnica, pedagógica e metodológica da política de formação, bem como reconheceu o papel fundamental do coordenador pedagógico como formador em potencial e estreitou a participação do gestor escolar com os processos pedagógicos”, disse Angelina Araújo, gerente de Educação Infantil de Maceió.


O Programa está embasado no princípio de que toda criança tem direito a uma escola equitativa, plural e acolhedora, um espaço no qual possa contar com a educação e o cuidado mais apropriados à sua faixa etária e em que seja respeitada a sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. “Quando a gente percebeu o que, de fato, significava esse princípio, percebemos que tínhamos muito o que caminhar. Isso nos fez refletir sobre a nossa prática. Começamos pela concepção de criança e infância. Hoje, temos outro movimento na rede. As práticas foram modificadas a partir da escuta atenta das crianças”, afirmou Célia Regina Bastos, gerente de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de Olinda.


Girlene dos Santos, da equipe técnica da Educação Infantil de Camaçari, também disse que, com base nesse princípio – focado no compromisso permanente de trabalhar pela primeira infância -, o Programa transformou a Educação Infantil do município. “Com o foco na criança, trabalhamos com diferentes linguagens, valorização da cultura infantil, a escuta da criança, o brincar assegurado e, como consequência, temos crianças mais felizes e autônomas.


Expansão


Em 2017, o Paralapracá chegou a toda a rede de atendimento às crianças, nas cinco redes parceiras do Programa, concluindo um processo de expansão que se iniciou no segundo ano de implementação. A exemplo de Natal, que, em 2014, contava com 30 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) contemplados com o Programa. Três anos depois, o Programa chegava a 72 instituições de Educação Infantil, formando 120 coordenadoras pedagógicas e 13 formadoras, em 29 encontros por turma. Para Verônica Torres, da equipe técnica de Educação do município, a coesão entre formação presencial e a distância foi fundamental para os processos formativos da rede. “Com a formação a distância ‘sem distância’, passamos pelo movimento de sentir, pensar e agir”, disse Verônica.


De acordo com Solange Silvestre, gerente de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de Maracanaú, ocorreram importantes avanços no  campo da gestão, a exemplo do Memorial da Gestão da Educação Infantil e da interlocução com a diretoria de planejamento. “Além disso, práticas pedagógicas foram renovadas, valorizando a escuta e o protagonismo infantil”, acrescentou Francisca Nepomucena, que também integra a equipe técnica do município de Maracanaú. “Hoje a Educação Infantil do município tem outra cara. A essência do Paralapracá fica e será passada às futuras gerações”, destacou José Marcelo Farias Lima, secretário de Educação do município.


O Paralapracá foi implementado pela Avante – Educação e Mobilização Social em dez municípios da região Nordeste, como parte do programa Educação Infantil do Instituto C&A, desde 2010, em dois ciclos de implementação.


Em 2015, com a chancela do Guia de Tecnologias Educacionais do MEC, ganhou caráter nacional. Atualmente, a Avante – Educação e Mobilização Social é a responsável pelo   Programa, que está disponível a novos parceiros que buscam apoio estratégico para a melhoria da qualidade do atendimento na Educação Infantil, com vistas ao desenvolvimento integral das crianças na primeira infância. Para isso, oferece formação continuada para formadores das redes municipais de Educação, valorizando os saberes de cada localidade e ampliando as referências teórico-práticas a partir das orientações nacionais para o segmento, como as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil (2009) e a Base Nacional Curricular Comum (2017).

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