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Comunidade de Mata Escura discute cenário político e social do Brasil

Depois de meses de qualificação de líderes comunitários dos bairros de Calabetão, Jardim Santo Inácio e Mata Escura, antes mesmo de finalizar as atividades, o projeto Comunidades Ativas começa a render bons frutos. Um deles foi uma roda de conversa realizada no bairro de Mata Escura, no dia 24 de outubro, reunindo moradores e cursistas do projeto para um debate sobre o “Cenário político e social em nosso país”.

Organizada pelo cursista Carlos Vieira, a ideia é fortalecer a formação técnica e política dos membros do curso e da comunidade em geral. À frente da Sociedade Recreativa e Cultural do Bairro de Mata Escura (SRCBME), associação de moradores mais antiga do bairro, Carlos Vieira explica que a entidade sempre desempenhou um papel muito importante na comunidade. “Buscamos fortalecer a instituição para tentar transformar as pessoas, e a Avante está sendo fundamental para esse fortalecimento”, referindo-se à execução do projeto “Comunidades Ativas”.

Para Lenilson Bento, coordenador do Adolescer com Arte, a roda de conversa representa um espaço importante para politizar a população. “A gente tem vivido um momento de muita inércia, com a população muito passiva. Se houver mais espaços como esse, principalmente com a juventude, as ações podem ser um pouco mais efetivas. A escola, hoje, não é um espaço onde acontece esse debate”, avalia Lenilson, revelando que no trabalho com jovens de Mata Escura, eles expõem as dores do cotidiano, com uma escola que não tem qualidade, não tem quadra, o professor falta muito, não tem material.

O evento teve como palestrante o advogado e professor universitário, Augusto Vasconcelos, e a presença do diretor-geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (SUDESB), Everaldo Augusto, e do consultor associado da Avante e coordenador do Comunidades Ativas, José Humberto Silva.

Comunidades Ativas

Segundo Carlos Vieira, o curso veio preencher algumas lacunas que incomodavam. “O projeto é uma oportunidade de conhecer as pessoas da própria comunidade e das comunidades vizinhas. Tem ajudado muito a abrir horizontes. A ideia é reproduzir um dos projetos sociais visitados em Recife”, diz, mencionando a experiência do Trocando em Miúdos, que levou os cursistas do projeto para conhecer lideranças e organizações sociais, a fim de pensarem em novas estratégias para a ação comunitária nos seus bairros.

Fruto de uma parceria entre o Instituto Camargo Corrêa, Consórcio Mobilidade Bahia, CCR Metrô Bahia, Instituto CCR, a UNEB e a Avante – Educação e Mobilização Social, o projeto tem eixos formativos que vão desde o conhecimento da realidade local, até o planejamento e sustentabilidade das organizações sociais, de modo a contribuir para o fortalecimento da atuação dos agentes sociais de Calabetão, Jardim Santo Inácio e Mata Escura e para uma ação comunitária qualificada.

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