“Indagações, pensamentos e aulas de campo estimularam as crianças a construir artes e saberes. Agora, elas apresentam as produções resultantes do interesse em desvendar o universo que as cerca”, disse a diretora do Centro Municipal de Educação Infantil Irmã Dulce, de Natal (RN), Ariadna Barbosa, durante a abertura da VI Mostra Cultural da instituição: Assim se Explora o mundo, com curiosidades e saberes.
A mostra expôs os trabalhos de 133 crianças do CMEI na faixa etária dos dois aos quatro anos de idade. O evento aconteceu no dia 10 de outubro, acessível a toda a comunidade escolar (colaboradores e familiares) no pátio e nos demais espaços da instituição.
Selma Bedaque, assessora do Projeto Paralapracá no município, compareceu à mostra e diz ter ficado encantada com a produção dos alunos. “É importante ver o protagonismo das crianças, saber o que elas vivenciaram e contemplar os belíssimos resultados”, elogiou. A assessora explica que a formação do projeto Paralapracá, mais especificamente o eixo Assim se Explora o Mundo, tem surtido um efeito positivo e produtivo nos resultados dos projetos dos CMEI atendidos. “Novos projetos têm surgido e outros têm se aperfeiçoado a partir do Paralapracá. Tenho observado uma mudança na sensibilidade dos professores e das crianças e uma maior parceria na forma de trabalhar. As crianças vão identificando o que querem saber e os professores vão conduzindo as atividades”, afirmou.
O projeto Paralapracá é uma ação do programa Educação Infantil do Instituto C&A que visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na educação infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral. O projeto se desenvolve em aliança com secretarias municipais de Educação e possui dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de educação infantil e o acesso a materiais de uso pedagógico de qualidade, tanto para crianças quanto para professores. A iniciativa é implementada em parceria técnica com a ONG Avante – Educação e Mobilização Social, de Salvador (BA).
Integram o segundo ciclo do projeto cinco municípios: Camaçari (BA), Maceió (AL), Maracanaú (CE), Natal (RN) e Olinda (PE).
Exposição
Divididos em subtemas, os espaços do CMEI Irmã Dulce tornaram-se cenários para o hábitat das formigas, o fundo do mar e as borboletas e seus diversos tipos de moradias. Os trabalhos foram realizados uma variedade de materiais entre eles, os recicláveis como tampinhas de garrafas e jornais, foram utilizadas técnicas diversas para a elaboração das obras como pintura individual e coletiva em tela; arte em mosaico; papietagem (técnica artesanal em que se utiliza papel recortado e cola para dar forma a uma escultura); modelagens; produção de textos coletivos e individuais; e foram produzidas maquetes; registro fotográfico; e receitas culinárias.
Para atingir o resultado foi incentivada a pesquisa por meio da exibição de vídeos e aulas de campo. Os alunos exploraram o Parque das Dunas e fizeram um passeio ao Aquário Natal . Para a diretora do CMEI, a mostra cultural também representa um momento de integração das crianças com as famílias. “Os pais conseguem visualizar a produção dos alunos, ficar próximos aos filhos e perceber a importância da Educação Infantil na vida das crianças”, afirmou a gestora.
Veio para ficar
As exposições das obras das crianças para a comunidade é uma prática que vem ganhando cada vez mais espaço nos projetos das instituições de Educação Infantil atendidas pelo projeto Paralapracá, nas redes parceiras. Em junho deste ano (2014) o CMEI Irmã Dulce já havia realizado uma vernissage que compartilhou compartilhou com o público as produções artísticas das crianças elaboradas após a formação no eixo Assim se Brinca, do projeto Paralapracá. A mostra reuniu, além dos brinquedos confeccionados pelas próprias crianças, suas pinturas, desenhos e também brinquedos e brincadeiras tradicionais.