Leve, inclusivo e coerente com a proposta pedagógica e visual do Paralapracá, o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do projeto já está acessível para coordenadores pedagógicos e demais formadores que atuam nas redes municipais de educação parceiras do Paralapracá. “Depois de muita conversa e bastante trabalho, a opção foi pela construção de um ambiente que preza pelo diálogo, pela troca e pela construção coletiva de conhecimentos, e isso se traduz em um ambiente com layout leve, conteúdos objetivos e muito espaço para conversa”, descreve Ísis Lima, integrante da Entremeios, instituição que desenvolveu a plataforma e deu consultoria na adaptação dos conteúdos encontrados nos materiais impressos do Paralapracá para o AVA.
“O ambiente transformou-se num espaço de conversação que visa o fortalecimento da identidade das coordenadoras envolvidas em relação ao seu papel como formadoras nas instituições de educação infantil dos cinco municípios parceiros do projeto”, conta Lilian Galvão, coordenadora do AVA. Lilian Galvão, que já começou as visitas para cortar a “faixa inaugural” e instaurar o uso do ambiente por meio de uma formação específica, afirma que um dos principais objetivos da ferramenta é construir um “ponto de encontro da Rede Paralapracá, pois somos um grupo grande e precisamos estreitar vínculos, trocar propostas, investir na aprendizagem em rede”.
O primeiro município visitado pela coordenadora pedagógica do AVA foi Maracanaú, seguido de Natal, Maceió e Olinda. Em primeiro de outubro o roteiro se encerra com a formação em Camaçari. “Seremos cerca de 250 pessoas construindo diálogos abertos e temáticos com foco em um objetivo comum: oportunizar que as crianças pequenas possam viver experiências educativas profundas, qualificadas, que garantam seus direitos fundamentais assegurados pelos documentos legais nacionais e discutidos por mentes brilhantes no Brasil e em todo o mundo”, comenta Lilian Galvão, entusiasmada com o projeto. A coordenadora comemora o lançamento da plataforma e diz que no Paralapracá não se fala mais em educação à distância, “tive uma percepção de que o projeto promove educação SEM distâncias”.
O AVA do Paralapracá, além de potencializar a construção coletiva do conhecimento por meio de ferramentas que priorizam o diálogo, oferece a possibilidade de uma navegação não linear, ou seja, a formação pode ser iniciada de acordo com a escolha e prosseguir por onde fizer mais sentido para cada um. Será possível conversar com pessoas de outros municípios e estados, e com as assessoras do projeto; compartilhar pautas formativas e registros de paisagens culturais e experiências pedagógicas.
Os focos temáticos da formação vão desde a discussão sobre o papel do coordenador pedagógico até a experimentação de atividades nos diversos eixos propostos pelo Paralapracá (Assim se Faz Artes Visuais, Assim se Faz Música, Assim se Faz Literatura, Assim se Explora o Mundo, Assim se Organiza o Ambiente e Assim se Brinca).
A plataforma possibilita, também, uma interlocução com os conteúdos do site do projeto: informações institucionais sobre o Paralapracá e os municípios do ciclo I e ciclo II; acesso aos materiais da Mala e do Baú Paralapracá, notícias, registros de experiências pedagógicas, culturais e da formação continuada dos coordenadores pedagógicos nos municípios; além de publicações e vídeos de referência indicados pelo projeto com o intuito de colaborar com a qualificação dos profissionais que atuam ou se interessam pela Educação Infantil.
O projeto Paralapracá é uma ação do programa Educação Infantil do Instituto C&A que visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na educação infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral. O projeto se desenvolve em aliança com Secretarias Municipais de Educação e possui dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de educação infantil e o acesso a materiais de uso pedagógico de qualidade, tanto para crianças quanto para professores. A iniciativa é implementada em parceria técnica com a ONG Avante – Educação e Mobilização Social, de Salvador (BA). Integram o segundo ciclo do projeto cinco municípios: Camaçari (BA), Maceió (AL), Maracanaú (CE), Natal (RN) e Olinda.