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Camaçari e Maceió encerram ciclo de repactuações do Paralapracá

Os municípios de Camaçari (BA) e Maceió fecharam a segunda rodada de repactuações do projeto Paralapracá neste ano com reuniões que ocorreram nos dias 26 de maio e 1º de junho, respectivamente. “A repactuação é um momento de avaliar como está o projeto e olhar para esses resultados como aprendizagem”, explica Janine Schultz, coordenadora dos programas Educação Infantil e Educação Integral do Instituto C&A.

Segundo Janine, as repactuações também têm sido importantes para entender como o projeto Paralapracá vai deixar raízes nos municípios que o integram — além de Camaçari e Maceió, fazem parte do segundo ciclo do projeto (2013-2015) as cidades de Maracanaú (CE), Natal (RN) e Olinda (PE).

Nos dois últimos municípios a fazer suas repactuações, participaram das reuniões os secretários de Educação, profissionais das Secretarias Municipais de Educação (SMEs) e representantes do Instituto C&A e da Avante – Educação e Mobilização Social, organização responsável pela implementação do projeto. Em Camaçari, o prefeito da cidade também esteve na reunião. “Semelhante aos outros municípios, conseguimos muitos avanços em relação ao protagonismo da criança”, afirma Izenildes Bernardina de Lima, gerente de educação infantil da Secretaria Municipal de Educação de Camaçari e mais conhecida como Mynuska.

De acordo com a avaliação sobre a implementação do projeto, realizada pela consultoria Move nos municípios, a agenda da educação infantil vem ganhando espaço em Camaçari. A avaliação também ressalta que, ao mesmo tempo que o projeto Paralapracá contribui com o fortalecimento de concepções contemporâneas de educação infantil, coordenadoras pedagógicas e professoras expressam dificuldade em transformar essas novas concepções em ações práticas. “Estamos numa travessia. Muito do que era não é mais, mas o novo ainda não está estruturado. Estamos construindo esse novo”, pondera Mynuska.

A avaliação também pontua que o projeto Paralapracá incide positivamente na organização dos espaços e materiais nas unidades de educação infantil e que elementos dos eixos trabalhados pelo projeto estão sendo incorporados nas práticas cotidianas das unidades. O relatório avaliativo aponta, ainda, que o projeto Paralapracá auxilia na configuração do papel do coordenador pedagógico que atua na educação infantil. “A avaliação retrata esse momento em que a maior parte dos coordenadores pedagógicos tem uma responsabilidade muito grande e assume seu lugar de formador”, afirma Mynuska, ressaltando a importância da repactuação para reafirmar o compromisso dos gestores com o projeto.

Em Maceió, o processo avaliativo ressalta que o Paralapracá também vem contribuindo para consolidar o papel de formador do coordenador pedagógico. A organização do espaço nas unidades de educação infantil que participam do projeto está mudando e passou a valorizar mais as produções das crianças.

De acordo com a avaliação, há indícios de que o projeto Paralapracá colabora com a construção de novas concepções sobre a criança por parte dos professores. “Percebemos que conseguimos evoluir nas propostas pedagógicas. A mudança das práticas é visível”, afirma Angelina Melo de Araújo Filha, gerente de educação infantil da Secretaria Municipal de Educação de Maceió.

Consolidar e criar consensos em relação às novas concepções sobre a criança, no entanto, continua sendo um desafio, assim como qualificar a relação com as famílias, que permanece marcada pelo atendimento a demandas pontuais ou emergenciais. “A avaliação traz para a rede a possibilidade de corrigir rumos. Nesse momento avaliativo, compreendemos nossas potencialidades e desafios. Os nossos desafios ainda são grandes, mas, no meu ponto de vista, não são impedidores de mudanças de práticas”, diz Angelina.

Fonte: Site do Paralapracá 

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