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Artes Visuais na formação de formadores qualifica atendimento na Educação Infantil

Conexões entre sentir, pensar e fazer – é nessa perspectiva, que as Artes Visuais entram no programa Paralapracá. Assim, vivenciar, para compreender, é um princípio do processo formativo do Programa, que em agosto lança o eixo formativo Assim se faz Artes Visuais, no Ambiente Virtual de aprendizagem (AVA Paralapracá). Em sinergia com a formação presencial, a formação a distância do Programa propõe a apreciação, a exploração de materiais, a experimentação e a ampliação de repertório como caminhos para o desenvolvimento profissional e a qualificação das práticas pedagógicas nas instituições, impactando na melhoria do atendimento da Educação Infantil.


A iniciativa visa à construção de um conhecimento ligado a uma linguagem expressiva, não verbal, conectada com a cultura global e regional, e parte do pressuposto de que a criança se expressa de forma criativa, naturalmente.  Todavia, na escola, são atribuídas abordagens que nem sempre preservam as características desta linguagem. No eixo Assim se faz Arte, o Paralapracá reitera a arte como uma linguagem que envolve sensibilidade, expressão e criação, possibilitando a conexão do adulto e da criança com o universo artístico e cultural, por meio de uma diversidade de imagens, objetos e observações do entorno e do universo mais amplo, ampliando o repertório estético e expressivo.


Com um time de especialistas afinados com as especificidades da Educação Infantil, a formação está voltada para o desenvolvimento de um olhar sensível em relação às linguagens das Artes Visuais, tanto dos adultos, quanto das crianças, impactando toda a comunidade escolar.  De acordo com Lilian Galvão, coordenadora de produção de conteúdos do Programa, o eixo Assim se faz Arte promove o diálogo permanente entre teoria e prática, a partir da formação de um olhar estético. “Produzir conteúdo para a educação a distância, no contexto do Paralapracá, exige muita pesquisa e dedicação. Além disso, um alinhamento preciso, que se inicia com a elaboração do mapa de conteúdos, desenhado pelas conteudistas, com a participação da coordenação do Programa. O mapa de conteúdos nos dá a orientação necessária para que os capítulos sejam bem estruturados e alcancem o adensamento conceitual e novas aprendizagens nesse eixo”, revela.


As conteudistas Ana Luiza Britto e Jana Fragata relatam dedicação e empenho na produção de uma formação que valoriza o percurso criativo, princípio básico da linguagem das Artes Visuais na Educação Infantil. “Na escola, a gente não tem intenção que as crianças tenham uma formação para se tornarem artistas. O foco é menos na produção e mais no processo, porque esse processo pode oferecer às crianças um caminho para a pesquisa, para o levantamento de hipóteses, comprovações, descobertas sobre os materiais, a partir da testagem de diferentes jeitos de interagir com eles. Caso contrário, o encontro das crianças com as Artes não acontece, cai na cópia e exclui toda a potência da criança e as possibilidades de experimentações e criações que devem acontecer durante esse percurso com as Artes”, explica Fragata.


Para apresentar o Módulo de maneira agradável, interativa e consolidada, além de mergulhar nas concepções teóricas, a equipe buscou referências nas práticas pedagógicas das redes parceiras do Paralapracá. “O Módulo Formativo começou a criar forma a partir do momento que pensávamos sobre a realidade das instituições e dos profissionais que lá estavam. Isso nos abriu um campo para selecionarmos as temáticas que deveriam ser abordadas em relação a essa linguagem. O material está pronto para ser multiplicado e mostra que as Artes Visuais não são só para artistas e professores de Arte; é para todos”, conta Ana Britto.


O Programa


O programa Paralapracá é uma frente de formação de profissionais da Educação Infantil, realizado pela Avante – Educação e Mobilização Social, com apoio do Instituto C&A. O trabalho se desenvolve a partir da formação continuada de formadores, com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na Educação Infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral, realizado em parceria com as Secretarias Municipais de Educação, valorizando, ampliando e fortalecendo os saberes de cada localidade aonde vamos.


O Paralapracá foi lançado em 2010, como um projeto do Programa Educação Infantil do Instituto C&A, originalmente focado na região Nordeste. Desde então, chegou a dez municípios, em dois ciclos de implementação. Em 2015, com a chancela do Guia de Tecnologias Educacionais do MEC, ganhou caráter nacional.

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