Paralapracá realiza III Formação e inicia um novo eixo formativo

Paralapracá realiza III Formação inicia um novo eixo formativoA III Formação do projeto Paralapracá aconteceu entre os dias 17 e 21 de fevereiro na Associação Baiana de Medicina (ABM) e reuniu assessoras pedagógicas, supervisoras e gerentes da Educação Infantil das Redes Municipais de Ensino parceiras do projeto no ciclo II. O objetivo do encontro foi fortalecer os grupos de profissionais envolvidas no projeto; aprofundar os conhecimentos sobre atribuições, ações, proporcionar momentos de ampliação cultural e explorar o novo eixo formativo do projeto que integra aos conhecimentos já explorados sobre o brincar, as delícias e desafios do eixo: Assim se explora o mundo.

A formação contou com a presença de profissionais da Educação Infantil dos municípios de Olinda (PE), Maceió (AL), Camaçari (BA), Natal (RN) e Maracanaú (CE), a coordenadora do Programa Educação Infantil e a Gerente da área Educação, Arte e Cultura do Instituto C&A, uma representante da MOVE – Estratégia e Desenvolvimento Social, instituição que realiza a avaliação externa do projeto, além da equipe técnica da Avante envolvida no projeto. O encontro começou num clima de descontração, brincadeira, aproximação e estreitamento de laços. A equipe se reviu, conheceu novos integrantes e se despediu de velhos parceiros, compartilharam notícias em relação à implantação do projeto nas Redes, conversaram sobre uma proposta de experimentar o uso da tecnologia no processo formativo, tiveram acesso aos dados da avaliação externa do projeto, monitoraram, juntas, o andamento do projeto, dialogaram sobre a linguagem escrita na Educação Infantil, vivenciaram a cultura local e iniciaram-se no novo eixo formativo. Bastante coisa e com muita intensidade, desde o começo.

“Estar no Paralapracá é continuar numa luta que eu abracei pela qualidade da Educação Infantil e qualificação dos profissionais que atendem as crianças. E desde o primeiro momento, quando se faz um lançamento, que se articula com outras instituições, há incidência intencional em políticas públicas. Hoje a gente tem acento no Fórum de Educação Infantil e na Rede Estadual pela Primeira Infância de Pernambuco e esta conquista aconteceu a partir de provocações do Paralapracá. O município não vai ser o mesmo depois do projeto”. A fala é de Cida Freire, assessora pedagógica do Paralapracá em Olinda (PE), e integrou o coro de depoimentos que expressou o vínculo com o projeto, os desafios do papel desempenhado e a alegria de estarem reunidas novamente na manhã de abertura da formação. Para em seguida ouvirem atentamente umas às outras sobre os processos de implantação nos municípios.
“Lá atrás discutimos muito sobre incidência em políticas públicas, sobre a participação dos municípios e hoje vejo isto tudo acontecendo. Que bom vê-las, que bom estar aqui”, retornou Priscila Fernandes, coordenadora do Programa Educação Infantil do Instituto C&A.

As chegadas nos municípios

A formação foi também um momento para compartilhamento sobre os processos de implementação do Paralapracá nos municípios e os impactos gerados. “Hoje o coordenadora pedagógico entende melhor o seu papel estratégico. Agora temos um maior entendimento do currículo na Educação Infantil. Descobrimos como as linguagens, ao compor este currículo, podem enriquecer a formação da criança. Estamos mais preparadas para entender estas linguagens”, contou Geisa Andrade, assessora pedagógica de Maceió sobre o efeito do projeto sobre o entendimento do coordenador pedagógico em relação ao seu papel de formador.

Ana Cristina, supervisora do Paralapracá de Maceió falou como é perceptível à aceitação do projeto tanto pela Secretaria de Educação do Município, como pelos familiares das crianças matriculadas nas instituições de ensino onde o Paralapracá está inserido. “’Agora eu tenho certeza que minha netinha vai viver a meninice dela’, me disse um dia o avô de uma criança matriculada no Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) onde atuo”, conta Ana Cristina e envolve os presentes com sua história. “Ele disse isto ao ver a mala do Paralapracá com os livros infantis, fantoches e toda a ludicidade dos materiais que a integram”.

De acordo com Célia Regina, supervisora do Paralapracá em Olinda, a formatação da educação do município foi toda modificada com a chegada do Paralapracá. O projeto deu o pontapé na mudança de postura dos profissionais da área de educação: professores, coordenadores e agora, trouxe para perto os gestores das escolas. “Ficou muito claro como os olhares começaram a se voltar para educação infantil (dos gestores, coordenadores). Acreditamos que o projeto vai continuar fomentando e transformando os espaços voltados para este segmento”, conta Célia.

Ao final do dia as assessoras, supervisoras e gerentes de EI participaram da palestra com Tânia Fortuna: O que querem as crianças de hoje? E, nós, adultos, o que queremos de uma criança, organizada pela Avante – Educação e Mobilização Social, que é parceira técnica na execução do Paralapracá, um projeto do programa Educação Infantil do Instituto C&A.

Avaliação externa

No segundo dia da formação ocorreu a devolutiva dos dados da avaliação externa realizada pela MOVE. “Ao olhar para os imensos dados da avaliação lembrei-me muito do nosso primeiro encontro quando comentávamos que poderíamos fazer uma rede nordeste e isto daria mais força ao projeto. Ao olhar para o conjunto dos cinco municípios eu vejo esta força”, disse Bruna Ribeiro, líder da equipe MOVE. “O objetivo deste momento é pensar com vocês as próximas estratégias e levar as devolutivas para os diretores, gestores, coordenadores e todos que vocês acharem importante”, esclareceu Patrícia Lacerda, Gerente da área Educação, Arte e Cultura do Instituto C&A.

Explorar o Mundo

Na abertura do quarto dia da Formação, a coordenadora de implementação do projeto,  Mônica Samia, introduziu o novo eixo formativo do Paralapracá: Assim se explora o mundo. “Este eixo traz a possibilidade de se refletir sobre as concepções de criança, sobre as possibilidades que elas têm de interagir com o mundo de forma criativa, investigadora e potente, sobre o papel do professor e sobre o currículo na Educação Infantil”, disse

No dia seguinte o grupo foi convidado a explorar o mundo em um passeio de Barco pela Baía de todos os Santos para conhecer um pouco da historia da Cidade de Salvador. “Esse passeio nos inicia no novo eixo como uma forma de nos trazer novos olhares. Assim como pra a gente é importante sair do espaço de trabalho pra vir pra Salvador ganhar o mundo, ter outras concepções, ampliar o universo, conviver com outros espaços e ver como ele pode nos acrescentar, descobrir o que existe fora dos muros das escolas nos traz uma nova visão de mundo, agregando cultura e experiência”, disse Geisa Andrade, assessora pedagógica de Maceió, entusiasmada com a formação e o passeio encantador pela Baia de Todos os Santos.

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