Paralapracá planta semente de intercâmbio em Educação Infantil entre redes municipais do nordeste

As redes municipais de Educação Infantil de Maceió (AL) e Olinda (PE) deram o ponta pé inicial para a promoção de um intercâmbio presencial de experiências entre redes de educação do Nordeste. O primeiro passo foi dado em um encontro que aconteceu em setembro no município alagoano, quando as gerentes de Educação Infantil de Maceió (AL), Angelina Araújo e Olinda (PE), Simone Almeida, se encontraram para discutir os instrumentos de monitoramento do segmento e a expansão do projeto Paralapracá na rede alagoana.

O Paralapracá é um projeto do Instituto C&A cujas ações de formação fomentam a prática do trabalho coletivo e a troca de experiências entre as instituições participantes. A intenção do projeto é empoderar gestores das redes municipais parceiras em seu papel de formador e com perfil autônomo. Para tanto, o projeto conta com encontros formativos presenciais e ferramentas de comunicação como o site (www.paralapraca.avante.org.br) e a plataforma virtual de aprendizagem, lançada no mês de agosto. Esta última tem como uma de suas principais características a construção coletiva do conhecimento e a promoção de uma maior articulação entre os atores do projeto que atuam nas redes municipais.

Intercâmbio

“Este primeiro encontro não foi planejado, Simone Almeida estava de férias em Maceió e veio conhecer de perto como é nossa prática diária. Mas o meu convite a outras gerentes de Educação Infantil é uma provocação que tenho a intenção de tornar real”, conta Angelina Araújo, que estendeu a proposta à supervisora e à gerente de Educação Infantil de Natal, Sirleide Oliveira e Filomena Néri, respectivamente; à gerente de Educação Infantil de Maracanaú, Solange Silvestre; e à supervisora de Camaçari, Simone Silva.

No encontro promovido pela gerente de Educação Infantil de Maceió foram abordados temas que vêm sendo bastante discutidos no segmento. “Simone esteve no seminário sobre avaliação que aconteceu nos dias 16 a 19 de setembro em São Paulo e foi sobre esta pauta que estreitamos nossa conversa”, conta Angelina Araújo. “Nós apresentamos o instrumento de monitoramento elaborado pela equipe de Maceió com base nos indicadores de qualidade e ela discorreu sobre o que foi dito sobre avaliação no seminário, tendo como ponto de partida nosso documento”.

A gerente de Educação Infantil de Maceió ressalta outro ponto de pauta do encontro – a expansão do Paralapracá na rede alagoana. “Explicamos que na rede a formação esta sendo realizada pelas técnicas do departamento de Educação Infantil, mas também por técnicos dos departamentos de meio ambiente e arte”, diz a gerente que não esconde o desejo de ir ao encontro de seus pares em outros municípios. Como exemplo, ela cita a curiosidade de conhecer de perto os “Pomares Verdes” de Camaçari (instituições de Educação Infantil que estão sendo pensadas e concretizadas com a garantia da presença de área verde e frutífera) e a proposta de avaliação desse município.


Angelina Araújo conta que a inspiração veio da concretização de um outro encontro proposto durante a V Formação e II Formação Itinerante do projeto Paralapracá, realizado em Olinda no mês de agosto. “A ida da equipe de recursos humanos da rede de Maceió à Natal aconteceu a partir de um encontro das secretárias de educação, Ana Dayse (Maceió) e Justina Iva (Natal), em nossa formação em Olinda. Lá elas trocaram informação sobre a questão do 1/3 da jornada dos professores e organizaram esse intercâmbio entre as duas equipes”.

O projeto Paralapracá é uma ação do programa Educação Infantil do Instituto C&A, em parceria técnica com a Avante – Educação e Mobilização Social, que visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na educação infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral. O projeto se desenvolve em aliança com Secretarias Municipais de Educação e possui dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de educação infantil e o acesso a materiais de uso pedagógico de qualidade, tanto para crianças quanto para professores.

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