Educação bilíngue como instrumento de ataque à educação inclusiva

O direito à educação bilíngue em escolas comuns, abertas a surdos e ouvintes, é assegurado desde 2005 pela legislação brasileira. É dessa escola, que favorece a diversidade socioeconômica e cognitiva, que precisamos!
Uma sociedade justa e inclusiva se faz enfrentando os desafios da convivência entre os diferentes. Criar escolas separadas para qualificar a educação bilíngue de surdos como uma modalidade de ensino independente só afunda o fosso da exclusão social no Brasil.

Estudos de aquisição de linguagem demonstram que, para que uma educação verdadeiramente bilíngue possa se efetivar, é necessária a convivência entre surdos sinalizantes, não-sinalizantes e ouvintes.
A Avante – Educação e Mobilização Social, junto com as 45 entidades da sociedade civil que compõem a Coalizão Brasileira pela Educação Inclusiva manifesta-se fortemente contrária ao PL 4.909/2020, em tramitação na Câmara dos Deputados, que inclui novos itens na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei 9.394, de 1996).

Tal PL em nada colabora para a inclusão de pessoas surdas. Ao contrário, propõe separar esses estudantes dos demais, cerceando suas possibilidades de interação com outros grupos. O modelo proposto é segregacionista, cria classes especiais, sem garantia de interação com outros grupos sociais. 
Além disso, desvia pessoal e recursos, enfraquecendo, ainda mais, as chances de construirmos uma escola pública de qualidade para todas as pessoas. É dever do Estado assegurar um sistema educacional inclusivo em todos os níveis.

Clique aqui e leia na íntegra nota de repúdio da Coalizão Brasileira pela Educação Inclusiva

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