#20anosAvante – rede de leituras conquista sustentabilidade e incide em políticas públicas

Quando se dá início a uma iniciativa, há de se fazer uma escolha por dois caminhos dois caminhos. Em um deles, o parceiro apoiador e a instituição executora podem criar expectativas de que ela gere impactos, num período definido, com base nos recursos disponíveis. No outro, que desenvolva estratégias de gestão que lhe garantam, autonomia, sustentabilidade e permanência. Essa última tem sido uma meta sempre presente o horizonte das ações desenvolvidas tanto pela Avante – Educação e Mobilização Social, como pelo Instituto C&A. E um dos “cases” de sucesso é justamente fruto de uma ação conjunta das duas instituições – a Rede EMredando Leituras, criada a partir de um projeto proposto pela Avante, em parceria com as bibliotecas comunitárias do Calabar, Paulo Freire e Sete de Abril. O projeto deu origem a uma rede autônoma, que fez história em Salvador e nos #20anosAvante, mostrando a força da atuação conjunta e quão é possível garantir a sustentabilidade de uma gestão coletiva.


“A todo tempo nós íamos construindo essa passagem. As formações eram pensadas com o intuito de preparar as pessoas para assumirem a liderança”, lembra a coordenadora do projeto da EMredando, Rita Margarete. O Instituto apoiou o projeto por meio do Programa Prazer em Ler, que organizava encontros formativos trimestrais para as instituições conveniadas, como a Avante. Esses encontros aconteciam em São Paulo e dele participavam especialistas que abordavam estratégias de como essas instituições poderiam garantir a sustentabilidade de suas iniciativas.


Por sua vez, a Avante, atenta à oportunidade de promover a sustentabilidade da Rede, foi a primeira instituição do grupo a levar consigo representantes das bibliotecas para as formações. A instituição também articulou a ida de integrantes da Rede à Feira Literária de Parati por três anos consecutivos. Uma iniciativa diferenciada, pois, de praxe, eram as s instituições conveniadas a participarem da Feira. “Fomos formando as pessoas para a liderança da Rede e, aos poucos, fomos migrando de propositora do projeto para secretaria executiva da Rede, depois para integrante do Grupo de Trabalho (GT) de articulação”, enfatiza Rita.


Então, em 2013, a Avante, ainda responsável pela mobilização e formação dos membros da Rede EMredando Leituras, concretiza a proposta original de uma gestão compartilhada, e formaliza o Comitê Gestor da Rede.


Políticas Públicas


O Instituto C&A tinha um outro ponto em comum com a Avante, o foco na incidência em políticas públicas como uma estratégia de transformação da realidade. E a Rede, tendo ainda a Avante como articuladora, passa a desempenhar um papel importante nas tessituras política para fortalecimento do leitor. Com base no Plano Nacional do Livro e da Leitura, a Rede EmRedando Leitura começa a fomentar a discussão de Planos Municipais e Estaduais do Livro e da Leitura.


Então, em maio de 2013, “a Avante entra nessa liderança, articula e fomenta a criação de um grupo, incluindo universidade, Conselho Regional de Biblioteconomia, livreiros, escritores e bibliotecas comunitárias para discutir e mobilizar o poder público para a criação do Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Biblioteca, (PMLLB)”, saliente Rita Margarete. Salvador chegou à fase final de revisão para publicação do Plano, por meio de Decreto e a Avante consolida sua saída da Rede EmRedando Leituras.

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